
A Câmara aprovou nesta quinta-feira, em 1º turno, uma proposta para frear partidos que são criados apenas para ter acesso ao dinheiro público, mas manteve as regras atuais de alianças, ainda que com ideologias diferentes.
ANÚNCIO
Para receber fundo partidário e ter propaganda em rádio e TV, a legenda precisará ter, no mínimo, um deputado ou um senador eleito. A mudança foi aprovada com 369 votos a favor, 39 contra e cinco abstenções.
A nova cláusula de barreira, porém, é mais branda do que a prevista no relatório da reforma política, que previa 2% dos votos válidos em nove Estados. “Estamos enganando o povo brasileiro. Não há mudanças”, protestou o deputado Domingos Sávio (PSDB-MG).
Hoje, 5% do fundo partidário é dividido entre todos os 32 partidos brasileiros. O restante dos recursos é dividido de acordo com o número de cadeiras na Câmara.
Os deputados, porém, rejeitaram acabar com as coligações para deputados e vereadores, o que colocaria fim em alianças nos Estados e municípios com partidos adversários no nível federal. Foram 236 votos a favor, 206 contra e 5 abstenções.
Sem acordo
Ficou para a próxima semana a votação do tempo de mandato para cinco anos em todos os cargos, coincidência de eleições a partir de 2022 e cota para mulheres candidatas. Sem acordo, os três temas correm o risco de serem rejeitados no plenário da Casa. “Chegamos a uma reforminha, uma arremedo, puxadinho de regra eleitoral”, criticou o deputado Marcus Pestana (PSDB-MG).
ANÚNCIO
Ação no STF
PT, PPS, Psol, PSB, Pros e PCdoB entram com ação hoje no Supremo para anular a sessão que aprovou o financiamento empresarial para partidos, aprovado anteontem. A alegação é de que a proposta já havia sido rejeitada e a no plenário rediscussão foi ilegal.