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Remédios são desviados do Hospital do Servidor Público Estadual

Funcionários do Hospital do Servidor Público Estadual, no Ibirapuera, são acusados de se aproveitar da falta de controle no estoque dos medicamentos para desviar e vender por fora remédios destinados exclusivamente à entidades públicas.

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Um ex-funcionário revelou ao repórter Agostinho Teixeira como teria sido abordado para participar da “máfia dos medicamentos”.

“Me fizeram a seguinte proposta: você é um cara que não parece suspeito e tem cara de bom moço, você pode ganhar dinheiro fazendo isso. Você pega o medicamento e nós vendemos na rua”, disse o homem, que pediu para não ser identificado.

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Segundo o ex-funcionário, ele ganharia 20% de cada ampola, que é vendida por R$ 300.

De acordo com o ex-funcionário, o esquema de desvio de remédios é grande e envolve muitas pessoas.

Ele diz que, com os remédios acabando rapidamente, devido aos desvios, o setor de compras precisa repor o estoque em caráter de urgência, sendo dispensado de  realizar uma nova licitação. Dessa forma, as empresas cobram pelos remédios os preços que quiserem.

Além disso, os remédios não possuem qualquer tipo de rastreamento para saber se estão sendo utilizados dentro ou fora do hospital, como por exemplo o controle do número do lote.

“Não temos esse tipo de tecnologia aqui, infelizmente”, disse uma das enfermeiras da farmácia do hospital.

Outro lado

O Hospital do Servidor informou que a denúncia foi recebida em agosto do ano passado e que está sendo apurada, em conjunto com a Polícia Civil, a Corregedoria Geral da Administração e o Ministério Público. De acordo com o hospital, o ex-funcionário denunciante foi dispensado por justa causa e, até o momento, as investigações não comprovam as denúncias.

A instituição também afirmou que não faz nenhuma compra emergencial de medicamentos há sete anos.

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