
O órgão executivo da União Europeia (UE) propôs nesta quarta-feira em Bruxelas o acolhimento de 20 mil imigrantes ao longo de dois anos e a sua distribuição por toda a Europa, mas dando à Grã-Bretanha, Irlanda e Dinamarca a opção de não aceitarem nenhum.
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Com base em um regime de cotas estabelecido de acordo com a dimensão do país, a produção econômica e outras variáveis, a Alemanha ficaria com a maioria dos imigrantes, seguida pela França e Itália, e com a Grã-Bretanha – com a opção de ficar de fora.
Chocada com as mortes de imigrantes do norte de África que tentam chegar à Europa através do Mediterrâneo, a União Europeia está tentando por em prática uma forma mais justa de acolher quem pede asilo, num momento em que os partidos anti-imigração estão em ascensão no bloco.
A Itália e outros países do sul da Europa estão clamando por ajuda da UE para lidar com o influxo, mas, enquanto Itália, Alemanha e Áustria apoiam um sistema de cotas, alguns Estados se opõem ao modelo.
“Nenhum país deve ser deixado sozinho para enfrentar grandes pressões migratórias”, afirmou o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, pelo Twitter.