Brasil

Ricardo Pessoa, dono da UTC, fecha acordo de delação premiada na Lava Jato

Ricardo Pessoa, dono da UTC e suspeito de chefiar o clube de empreiteiras no esquema da Lava Jato, esteve nesta quarta-feira (13) em Brasília para assinar o acordo de delação premiada com a procuradoria geral da república.

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Pessoa é o primeiro dono de empreiteira a aceitar contar o que sabe em troca de uma redução de pena.

 

Segundo a defesa do empreiteiro, Ricardo citou o nome do ex-ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, além de outros cinco parlamentares no esquema de corrupção. O ex-ministro já havia sido citado por outros delatores da Lava Jato.

 

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Aos procuradores, Pessoa ainda admitiu ter doado sete milhões e meio de reais para a campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff, temendo represálias. Ex-tesoureiro da campanha, Edinho Silva, alegou que as doações estão dentro da legalidade.

 

O empreiteiro ainda concordou em devolver R$ 50 milhões desviados no esquema.

Pessoa é o primeiro dono de empreiteira a aceitar contar o que sabe em troca de uma redução de pena.

Segundo a defesa do empreiteiro, Ricardo citou o nome do ex-ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, além de outros cinco parlamentares no esquema de corrupção. O ex-ministro já havia sido citado por outros delatores da Lava Jato.

A maior parte das informações, porém, será prestada a partir de agora. Segundo a “Folha de S. Paulo”, ele repassou R$ 2,4 milhões à campanha presidencial de Lula em 2006, via caixa 2, e R$ 7,5 milhões à campanha de Dilma em 2014, “por temer prejuízos em seus negócios na Petrobras”. O advogado Alberto Toron, que defende o empreiteiro, declarou que “está contratualmente proibido de falar sobre o assunto”. Já Edison Lobão foi citado pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa.

A delação afirma que Lobão pediu a Costa R$ 1 milhão “sem explicar a finalidade”, em 2008. Mais tarde, teria mediado a doação ilegal de R$ 2 milhões à campanha de Roseana Sarney (PMDB-MA) ao governo maranhense em 2010.

OAS nega informar sobre consultoria de José Dirceu
A defesa dos investigados da empresa OAS na Lava Jato se recusou a dar à Justiça documentos sobre repasses que a construtora fez à JD Consultoria, do ex-chefe da Casa Civil, José Dirceu. Segundo os advogados, os dados já foram apresentados por terceiros (a própria JD) e poderiam ser usados pela Justiça para “decretação injusta” da prisão dos envolvidos.

Ex-deputados devem sofrer denúncia nesta quinta
O MPF apresenta nesta quinta, à Justiça, denúncia aos investigados na 11ª fase da Lava Jato. A lista deve conter os ex-deputados André Vargas, Luiz Argôlo e Pedro Corrêa, presos no começo do mês passado.

‘Baiano’ e Cerveró ficam em silêncio 
O ex-diretor Internacional da Petrobras Nestor Cerveró e o lobista Fernando ‘Baiano’ foram ouvidos nesta quarta na ação sobre corrupção no aluguel de navios-sonda pela estatal, mas ficaram calados.

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