Brasil

Justiça autoriza devolução à Petrobras de R$ 157 milhões desviados por ex-gerente

A Justiça determinou na terça-feira o depósito de R$ 157 milhões desviados por Pedro Barusco, ex-gerente de Serviços da Petrobras, para a conta da estatal. É a primeira vez que a Petrobras recupera valores perdidos pelos crimes da Lava Jato.

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Barusco, que assinou delação premiada, se comprometeu a devolver US$ 97 milhões (R$ 298 milhões, no câmbio atual) que estavam em contas no exterior.

Parte deste valor já foi repatriado pelo MPF e está  em uma conta judicial com R$ 204 milhões. A transferência à Petrobras é de 76% deste total.

Na decisão, o juiz Sérgio Moro pede que pelo menos parte da quantia “seja destinada ao reforço dos sistemas de controle (…) a fim de prevenir novos desvios”. A Petrobras é assistente de acusação nos processos da Lava Jato e anunciou no início do ano a criação de uma diretoria para prevenir fraudes e corrupção.

Pedro Barusco, segundo as investigações, era responsável por administrar a propina destinada à Diretoria de Serviços, comandada por Renato Duque e fonte de recursos ilícitos ao PT. Ao todo, o MPF afirmou já ter recuperado mais de R$ 500 milhões desviados por denunciados na Lava Jato.

 

Cerveró

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O ex-diretor Internacional da Petrobras Nestor Cerveró foi ouvido ontem tanto pela Polícia Federal quanto na sede da Justiça Federal em Curitiba.

Em ambos os depoimentos foi tratada a acusação de lavagem de dinheiro contra Cerveró e bens suspeitos do ex-diretor. Investigações apontam que o lobista Fernando ‘Baiano’ deu ao ex-diretor um veículo Land Rover de R$ 220 mil, supostamente para acobertar pagamentos de propinas. O carro foi registrado no nome de Patrícia Cerveró, mulher do denunciado, mas Baiano é quem teria negociado a compra.

A defesa de Cerveró afirma que foi o próprio Cerveró que comprou o veículo. O ex-diretor foi preso em janeiro e é investigado por desvios na contratação de navios-sonda pela Petrobras.

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