Prevista inicialmente para o próximo dia 11, a extradição do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato para o Brasil foi suspensa liminarmente pelo Tribunal Administrativo Regional do Lacio, na Itália.
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A extradição de Pizzolato, que fugiu para a Europa com passaporte falso em 2013, antes da expedição de seu mandado de prisão para cumprir a pena de 12 anos e 7 meses a que foi condenado no processo do mensalão, já foi aceita em todas as instâncias judiciais da Itália e foi aprovada pelo governo federal do país.
O Tribunal Administrativo é uma instituição extra-judicial, que existe na Itália para que decisões do Estado sejam questionadas.
A Corte atendeu a um pedido dos advogados de Pizzolato, que alegaram cerceamento de defesa.
Uma audiência para julgar o mérito da questão foi marcado para o próximo dia 3 de junho. “Até essa data, Henrique Pizzolato com certeza ficará na Itália”, disse, à agência de notícias Ansa, Alessandro Sivelli, advogado do ex-diretor.
A concessão da liminar, segundo o despacho do presidente da 1ª Câmara do tribunal, Luigi Tosti, se deve à “irreparabilidade do dano” a Pizzolato caso ele seja extraditado.
A Procuradoria Geral da República e o Ministério da Justiça do Brasil não se pronunciaram sobre a decisão alegando não terem sido notificados.
Pizzolato foi preso pela Interpol na Itália no último dia 12 de fevereiro, por uso de documentos falsos.