Um dia depois de a Arsesp autorizar a Sabesp a elevar em 15,24% a conta de água, a Aneel (Agência Reguladora de Energia) propôs um aumento médio de 15,16% nas contas da Eletropaulo –16,73% para clientes residenciais e 12,21% para indústrias. O IPCA (inflação oficial) acumulado nos últimos 12 meses é de 8,13%.
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O percentual ainda não é definitivo porque será discutido em audiência pública e deve ser aplicado a partir de 4 de julho. Como já houve um reajuste extraordinário aplicado em março, de 31,9%, se a proposta da Aneel for confirmada, a tarifa ficará 52% mais caras do que no início do ano.
A Eletropaulo atende 20,1 milhões de pessoas em 24 cidades na Grande São Paulo, incluindo a capital.
O índice aprovado pela Aneel funciona como um teto, mas a empresa tem autonomia para repassar aos consumidores um percentual menor. Em 2015, a agência vem autorizando reajustes altos devido ao encarecimento da energia, provocado pela queda no nível dos reservatórios das principais hidrelétricas do país e do uso mais intenso de termelétricas, que geram eletricidade pela queima de combustíveis.
Audiência pública
O percentual só será confirmado no final de junho. Nesse período, tanto a Eletropaulo quanto outras entidades podem se manifestar.
Quando a Arsesp (agência reguladora do serviço de saneamento) propôs em março um reajuste de 13,8% nas contas de água, a Sabesp disse que era pouco para garantir seu equilíbrio econômico-financeiro. A companhia recorreu, pedindo um reajuste de 22,7% –o aumento acabou fixado em 15,24% (leia mais abaixo).
Na terça-feira, em nota, a Eletropaulo informou que “fará uma análise a respeito da proposta de revisão tarifária da agência reguladora”. A empresa não informou se considera o índice baixo, alto ou satisfatório. METRO