Foco

Indonésia defende execuções como parte da guerra contra as drogas

O procurador-geral da Indonésia, Muhammad Prasetyo, defendeu nesta quarta-feira (29) a execução dos estrangeiros condenados à morte por crimes relacionados com as drogas, afirmando que o país enfrenta uma «guerra» contra o tráfico.

ANÚNCIO

«Estamos lutando uma terrível guerra contra os crimes relacionados às drogas que ameaçam a sobrevivência da nossa nação», disse Muhammad Prasetyo.

A Indonésia executou por fuzilamento oito condenados à morte por tráfico de drogas, sete dos quais estrangeiros, incluindo o brasileiro Rodrigo Gularte.

Uma mulher filipina, Mary Jane Veloso, que estava na lista de condenados, teve a execução suspensa no último momento.

Leia mais:
Brasileiro Rodrigo Gularte é fuzilado na Indonésia por tráfico de drogas

Além de Gularte, foram executados dois australianos, quatro nigerianos e um indonésio.

Anistia Internacional reprova execuções

ANÚNCIO

A Anistia Internacional qualificou  como «reprovável» a execução de oito condenados na Indonésia, denunciando como total falta de consideração pelo processo legal e salvaguarda dos direitos humanos.

A organização lembrou que as execuções ocorreram apesar de pelo menos dois recursos terem sido aceitos pelos tribunais locais, e lamentou que os pedidos de clemência tenham sido rejeitados.

«As execuções são totalmente reprováveis. Foram feitas com uma total falta de consideração pelas salvaguardas reconhecidas internacionalmente para o recurso à pena de morte», disse o diretor da Anistia para a Ásia-Pacífico, Rupert Abbott.

Segundo a organização, vários condenados não tiveram acesso a advogados competentes ou intérpretes durante a detenção e na fase inicial do julgamento.

A Anistia denunciou também que um dos condenados, o brasileiro Rodrigo Gularte, foi executado ainda que tenha sido diagnosticado com esquizofrenia, sendo que a lei internacional «claramente proíbe» o recurso à pena de morte para pessoas com incapacidades mentais.

ANÚNCIO

Tags


Últimas Notícias