O surto de dengue na capital já afeta o atendimento nos hospitais. No último fim de semana, mães de pacientes reclamaram da demora nos prontos-socorros particulares.
ANÚNCIO
No PS infantil do hospital Santa Catarina, na avenida Paulista, a espera era de seis horas no domingo. Na zona sul, o PS do São Luiz do Morumbi tinha três horas de fila e tumulto na sala.
A bancária Soraia Gonçalves disse que sua filha de 6 anos, não aguentava mais esperar. “Ela está vomitando e com febre. Fiquei três horas no aguardo e nada”, disse à repórter Ana Nery, da rádio Bandeirantes.
O empresário Seige Meirelles também esperou por três horas com seu filho de um ano. “Ele tem febre e marcas de alergia, queria saber o que é. Em três horas fizeram triagem e não falaram mais nada”, afirmou.
No hospital infantil Sabará, em Higienópolis, famílias desistiram do atendimento pela demora. O hospital confirmou movimento maior que o normal e disse que o aumento foi causado por crianças com suspeita de dengue.
O São Luiz informou que a demanda teve alta de 40% na segunda quinzena de março pelo mesmo motivo. Um plano de contingência foi montado. No Santa Catarina, o número de atendimentos domingo foi 50% maior que a média diária. O hospital disse que, por causa da dengue, está ampliando a área de internação e contratando profissionais. O Sírio-Libanês também tinha muitas filas. Alguns pacientes afirmaram que chegaram às 17 horas e saíram só por volta das 23h.
Na tentativa de aliviar as filas nos hospitais, a prefeitura inaugura hoje na zona norte uma tenda para tratar pacientes com sintomas de dengue. A estrutura fica ao lado da UBS do Jardim Vista Alegre, na Brasilândia, bairro que registra 547 dos 4.436 casos confirmados até agora na capital.
ANÚNCIO
Exército ajuda no combate à epidemia em Campinas
O combate à epidemia de dengue em Campinas, interior de São Paulo, ganhou o reforço de 48 soldados do Exército Brasileiro.
De acordo com balanço divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde, Campinas já conta com 8.963 pessoas infectadas.
Os militares se dividiram em três equipes para desenvolver ações como colocar telas em caixas d’água na região da cidade que concentra uma área com 30 empresas e o aeroporto internacional de Viracopos.
Os soldados trabalharão às terças, quartas e quintas-feiras, concentrados na região sudoeste da cidade, até o fim de maio. Segundo a Secretária Municipal de Saúde, os reservatórios de água são os principais criadouros do mosquito da dengue.