A Petrobras assinou com o Banco de Desenvolvimento da China (CDB) contrato de financiamento de US$ 3,5 bilhões (R$ 11,2 bilhões), recursos que devem trazer algum alívio para empresa, que agora tem mais dificuldades de captar recursos por conta da crise decorrente do escândalo de corrupção.
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Após o acordo, os papéis preferenciais da Petrobras subiram 4,93%, a R$ 10,21, e os ordinários fecharam com ganho de 5,2%, a R$ 10,08. A alta ajudou o Ibovespa a avançar 2,29% no 1º pregão do mês, aos 52.321 pontos.
O contrato, assinado entre o CDB e a subsidiária da estatal Petrobras Global Trading BV, é o primeiro financiamento de um acordo de cooperação a ser implementado ao longo de 2015 e 2016, ressaltou a Petrobras em comunicado. “Adicionalmente, as duas partes confirmaram a intenção de desenvolver novas cooperações no futuro próximo”, disse nesta quarta a Petrobras em comunicado.
Com limites para realizar captações no mercado, em meio a denúncias de corrupção, a Petrobras disse anteriormente que estudava “outras possibilidades de financiamento e incremento de fluxo de caixa”, até para fazer frente aos pesados investimentos projetados. No mês passado, a Moody’s rebaixou todas as notas de crédito da petroleira, que perdeu o grau de investimento, o que torna mais difícil para a empresa captar recursos no mercado.
O contrato com o CDB foi assinado na China, durante visita do diretor financeiro e de Relacionamento com Investidores da Petrobras, Ivan Monteiro.
Em maio de 2009, a Petrobras e o CDB fecharam empréstimo de US$ 10 bilhões, com prazo de dez anos. Os recursos seriam utilizados para financiar o plano de investimento da estatal brasileira e incluía a compra de bens de capital e serviços de empresas chinesas. O acordo também previa o incremento das exportações de petróleo para a Unipec Asia, subsidiária da Sinopec.