
Prometido para 2014, o monotrilho da linha 17-Ouro, que vai ligar o aeroporto de Congonhas ao estádio do Morumbi e às linhas 4-Amarela e 5-Lilás, só deverá ter as primeiras estações entregues em 2017.
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Quando o contrato foi assinado, em 2011, a previsão é que a primeira etapa fosse entregue até a Copa do Mundo. À época, o Morumbi ainda era apontado como a sede de São Paulo para o torneio. A última previsão era que as obras fossem entregues em 2016. Mas, de acordo com o secretário dos Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, dificuldades nas obras do pátio de manutenção e manobras, que está sendo construído em cima do piscinão da avenida Roberto Marinho, vão provocar mais atrasos.
“Temos mais de mil estacas em cima do piscinão para construir o pátio, é uma obra mais complicada”, disse o secretário em entrevista à rádio Bandeirantes. Segundo ele, devido às chuvas, a área alaga, o que aumenta as dificuldades para trabalhar no local.
“Vamos entregar oito estações ligando o aeroporto de Congonhas até a estação Morumbi, da linha 9 da CPTM no primeiro semestre de 2017”, afirmou.
Quando essas oito paradas forem entregues, a linha 17-Ouro vai transportar cerca de 100 mil pessoas por dia usem a linha, quando for entregue.
O engenheiro Sérgio Ejzenberg, mestre em engenharia de transportes, critica a opção pelo sistema de monotrilho.
“Disseram que fazer o monotrilho era mais rápido, mas os fatos mostram o contrário. E, além de não ser mais rápido, esse canteiro de obras causa ainda mais transtornos à população, com interdições de faixas que complicam o trânsito.”
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De acordo com Ejzenberg, o constante adiamento na entrega das obras causa um prejuízo social, pois os futuros usuários ficam mais tempo sem a linha. Além disso, enquanto a obra não termina ela continua a consumir recursos públicos, sem nenhum retorno à população no período das obras.
Linha 4-Amarela
O governador Geraldo Alckmin disse que o consórcio Isolux-Corsan tem até sexta-feira para entregar o projeto de retomada das obras da linha 4-Amarela, paralisadas conforme mostrou o Metro Jornal no mês passado. “Se não retomar, rompe o contrato, faz nova licitação ou chama as segundas colocadas.”
Em nota, a Isolux diz que “as recentes reuniões com a Secretaria dos Transportes Metropolitanos foram positivas, um claro sinal de que existem condições favoráveis para a normalização das atividades”.