A Nenê de Vila Matilde encerrou o primeiro dia de desfiles no Sambódromo do Anhembi, em São Paulo, já com o dia clareando.
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Passava das 6h da manhã quando a agremiação entrou na Avenida e «acordou» a arquibancada.
Com um samba-enredo «Moçambique – A lendária terra do Baobá Sagrado», a agremiação contou a história do país africano com 3 mil componentes, divididos em 24 alas e cinco alegorias.
Para Bruno Filippo, comentarista da BandNews FM, a escola fez um desfile razoável. «A Rosas de Ouro, na minha opinião, foi a melhor desse primeiro dia, seguida da Dragões da Real. A Tom Maior foi a que apresentou o menor nível da noite», afirmou.
Diretor de teatro Zé Celso é destaque na Nenê
O diretor de teatro Zé Celso Martinez era um dos mais entusiasmados componentes da Nenê de Vila Matilde, última escola a desfilar no Anhembi no primeiro dia do Carnaval de São Paulo. Destaque no primeiro carro da agremiação, cujo enredo é Moçambique, Martinez lembrou de exaltar o que chamou de renascimento da folia paulistana.
«O Carnaval em São Paulo antigamente era maravilhoso. Mas tinha morrido, ficou terrível. E agora renasceu», disse, incluindo a proliferação de blocos de rua nos dois últimos anos. «É uma maravilha, maravilha…», reafirmou. «O (prefeito Fernando) Haddad deu muita força», exaltou.
«A (ex-prefeita Luiza) Erundina levantou o sambódromo, seguindo o que o (governador) Brizola fez no Rio, e deu muita força para a cultura negra de São Paulo», pontua.
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Martinez se diz um folião de longa data. «Já desfilei na Vai-Vai, Mangueira, Nenê», enumera, «sou do Carnaval desde os 14 anos», lembra. Mas se recusa a fazer comparações com outras épocas.
De novo na Nenê (já havia desfilado em 2013), o diretor se anima com o samba-enredo da escola para 2015. «Eu estava um dia deprimido em casa e de repente veio esse samba. Eu pensei: ‘eu vou mesmo (desfilar)'». E pouco antes de raiar o dia, Martinez estava na concentração, fantasiado de «paz», ao lado da atriz Vera Barreto Leite.
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