Foco

Cristina Kirchner é acusada de acobertar iranianos em atentado

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, foi acusada nesta sexta-feira pelo suposto acobertamento de iranianos na investigação sobre o atentado antissemita de 1994, como havia denunciado o promotor Alberto Nisman, morto há quase um mês, informou a promotoria.

ANÚNCIO

Kirchner, 61 anos, poderá ser intimada a prestar depoimento, presencial ou por escrito, se o juiz que conduz o caso, Daniel Rafecas, assim decidir.

O promotor Gerardo Pollicita aceitou os argumentos de Nisman e acusou a presidente e o chanceler Héctor Timerman, entre outros nomes ligados ao governo, pelos «delitos de acobertamento por favorecimento pessoal agravado, impedimento do ato funcional e descumprimento dos deveres de funcionário público», segundo o texto difundido pela promotoria.

A acusação de Nisman
Designado em 2004 durante o mandato do ex-presidente Néstor Kirchner (2003-2007) promotor especial para esclarecer o atentado, Nisman sempre se inclinou pela suspeita de os iranianos serem coautores do ataque de 1994.

Em 2006, ele acusou Teerã de planejar o atentado e ao grupo armado libanês Hezbollah de executar a explosão, e pediu a captura de vários altos ex-funcionários iranianos.

Próximo ao promotor no caso AMIA colaborava Antonio Stiuso, conhecido como «Jaime», ex-diretor de operações da Secretaria de Inteligência (SI) deslocado no último dezembro.

Nisman baseou suas acusações quase exclusivamente em escutas telefônicas, como ocorreu em sua última denúncia que envolve Kirchner que foi considerada inconsistente por juristas.

ANÚNCIO

Com 10 policiais encarregados de sua segurança, vivia em um luxuoso apartamento em Puerto Madero, uma exclusiva zona portuária de Buenos Aires.

Diego Lagomarsino, um técnico de informática de 35 anos e homem de confiança de Nisman, reconheceu ter lhe emprestado, na véspera de sua morte, uma arma calibre 22 que acabou com sua vida.

Nisman foi encontrado morto com um tiro na têmpora em sua casa. Perícias preliminares apontam suicídio, mas a maioria dos argentinos acredita que ele foi induzido a tirar a vida ou assassinado.

ANÚNCIO

Tags


Últimas Notícias