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Os hotéis alugados pela prefeitura para abrigar os 453 dependentes químicos que fazem parte do programa De Braços Abertos não poderiam estar abertos. A afirmação é do Ministério Público que, desde outubro, está investigando as condições dos sete estabelecimentos usados no programa de recuperação de usuários de crack, no centro de São Paulo.
A repórter Maria Teresa Cruz da BandNews FM visitou dois desses estabelecimentos e constatou que os usuários de drogas acabam roubando itens de segurança, como luzes de emergência e extintores de incêndio, para vender e poder comprar crack.
Os locais não tem auto de vistoria do Corpo de Bombeiros, exigido desde 2011. O documento comprova a existência de um plano de segurança, com dispositivos para evitar acidentes e incêndios, como porta-corta fogo, saída de emergência e extintores.
A Promotoria pediu uma série de mudanças e vai realizar uma nova vistoria nos próximos dias.
O especialista em segurança e prevenção de incêndios, Sergio Ceccarelli, diz que os hotéis nunca poderiam ter sido aprovados. “Houve erro muito grave. É a própria administração municipal tapando o sol com a peneira”, disse.
A prefeitura diz que a parte operacional do programa é terceirizada. Portanto, quem cuida dos convênios são ONGs. Um hotel foi descredenciado no ano passado porque descumpria o contrato, mas a prefeitura nega que a medida tenha relação com a ação do MP.