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Prefeitura receberá lista de quem desperdiça água em São Paulo

O governo estadual e os prefeitos da Grande São Paulo querem fechar o cerco contra os “gastões” de água.

Nos projetos que serão enviados para as Câmaras Municipais, em fevereiro, prevendo multa para quem for flagrado desperdiçando água (lavando carro ou calçada com mangueira, por exemplo), será incluído um artigo que permite a troca de dados sobre consumidores entre a Sabesp e as administrações municipais.

Informações obtidas pelo Metro Jornal junto à Prefeitura de São Paulo e ao Palácio dos Bandeirantes indicam que a Sabesp entregará aos prefeitos uma lista – atualizada periodicamente – com o endereço dos clientes que consumirem acima de 20% mais água do que a média, e que terão de pagar uma sobretaxa de 100% na conta a partir de fevereiro.

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Com essa relação, os fiscais municipais poderão monitorar esses imóveis para flagrar a lavagem de calçadas, carros e jardins.

De acordo com o texto que será enviado aos legislativos, o uso de água com essas finalidades poderá render uma multa entre R$ 250 e R$ 1 mil (a partir da quinta multa para o mesmo endereço).

Na quarta-feira, haverá um encontro entre os chefes dos executivos municipais e o secretário estadual de Recursos Hídricos, Benedito Braga, para definir os detalhes dessa operação em conjunto, além de outros pontos que serão incluídos nos projetos de lei.

A reunião foi acertada pelo prefeito Fernando Haddad (PT), que tem mantido conversas frequentes com Braga. Prefeitos das demais cidade avaliam que Haddad é o único com força política para apresentar as demandas das cidades, que temem um colapso no abastecimento nos próximos meses.

Haddad tem dito aos prefeitos e a membros de sua equipe que é preciso ter muito cuidado nas declarações sobre a crise hídrica. O
petista avalia que não se
pode “partidizar” o problema. O foco, neste momento, é buscar soluções conjuntas para minimizar os efeitos da seca.

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