O Índice de Bem-Estar na Cidade de São Paulo aumentou de 4,8 pontos em 2013 para 5,1 pontos em 2014. O indicador é medido em uma escala de 1 a 10 a partir de 169 itens abordando 25 temas. Apesar da melhora no índice geral, temas considerados prioritários pela população registraram queda e alguns estão abaixo da média de 5,5 pontos. No total, 139 itens ficaram abaixo desse patamar, 28 acima e dois com a nota média. A avaliação dos transportes e mobilidade melhorou.
Essa é a 6ª edição da pesquisa da Rede Nossa São Paulo com 1.512 maiores de 16 anos, divididos proporcionalmente por todas as regiões da capital. O levantamento foi feito entre 24 de novembro e 8 de dezembro de 2014.
O índice varia de acordo com as regiões e bairros. Na região oeste da capital ele chega a 5,6 e no centro a 5,3. No extremo norte da cidade, o índice é 4,5 pontos e nos bairros mais afastados da região sul em 4,7. O número de entrevistados que disseram que deixariam a cidade se pudessem ficou em 57%. A pesquisa mostrou que 40% dos entrevistados não têm a intenção de sair de São Paulo.
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O tema transportes e mobilidade avançou de 3,9 pontos no levantamento anterior para 4,1. O tempo de espera dos ônibus teve nota 0,5 ponto melhor e ficou em 4,4. O tempo de deslocamento na cidade também teve uma avaliação mais positiva e saiu de 3,7 para 4,1. A tarifa do transporte público teve nota 4, melhora de 0,1 ponto percentual quando comparada com 2013. A pesquisa foi feita antes do aumento no preço das passagens de R$ 3 para R$ 3,50. Em relação a quantidade de ciclovias, a nota subiu de 4,2 para 4,6 pontos.
A percepção da população em relação à habitação caiu 0,2 ponto e ficou com nota 4,4. A área é considerada a quarta mais importante pelo paulistano. Nesta área pesou o item políticas de aquisição da casa própria, que perdeu 0,2 ponto e está em 3,9 pontos. O quesito qualidade da sua moradia também teve redução de 0,4 ponto e registrou 5,8 pontos.
Apesar de acima da média, a nota do tema trabalho caiu de 6,1 em 2013 para 5,8 neste último levantamento. A percepção sobre a renda individual perdeu 0,5 ponto e teve nota 5,3. A perspectiva de crescimento profissional oscilou de 0,3 negativamente e ficou com nota 6,2.
O prefeito Fernando Haddad disse que a administração municipal costuma trabalhar com dados mais objetivos, como o número de reclamações, para avaliar a qualidade dos serviços. No entanto, ele destacou que o levantamento ajuda a entender a percepção que a população tem dos serviços. “Nós trabalhamos com indicadores mais objetivos, com número de reclamações. Isso nos dá uma outra métrica para avaliar se o serviço está melhorando ou não”, ressaltou após participar do lançamento da pesquisa.
Sobre as tarifas do transporte, que tem sido alvos de protestos nas últimas semanas, Haddad disse que a prefeitura tem buscado fazer ajustes graduais. “Acho que é uma preocupação legítima. Nós estamos ampliando os benefícios a cada ano. No passado, foi o bilhete mensal e o passe do idoso. Este ano, o passe livre para estudante. Nós estamos tentando atender as categorias mais vulneráveis em um processo gradual”.
Um novo protesto contra o aumento das passagens do transporte público foi convocado para amanhã (23), pelo Movimento Passe Livre (MPL).