O ex-ministro José Dirceu é acusado de receber dinheiro das construtoras Galvão Engenharia, OAS e UTC Engenharia, investigadas pelo inquérito da Operação Lava Jato. Os recursos foram pagos entre 2009 e 2013 à JD Assessoria e Consultoria Ltda, segundo denúncia do Ministério Público divulgada nesta quinta-feira pela TV Globo.
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A Justiça Federal determinou a quebra dos sigilos bancários e fiscal de Dirceu, do seu irmão Luiz Eduardo de Oliveira e Silva e da empresa, que pertence aos dois. A suspeita é que o dinheiro tenha origem na propina paga sobre contratos da Petrobras.
As três empresas tiveram os livros contábeis apreendidos pela Polícia Federal. Na análise, os procuradores encontraram pagamentos mensais para consultoria.
Em nota, a empresa confirmou que prestou o serviço às construtoras e o ex-ministro se colocou à disposição para prestar esclarecimentos.
De acordo com a Justiça, a JD Assessoria e Consultoria recebeu, entre 2009 e 2013, R$ 3.761.000,00, das construtoras. As três empresas tiveram executivos presos no início de dezembro. Com a quebra de sigilo, os procuradores querem saber se os pagamentos feitos à JD Assessoria e Consultoria foram para o pagamento de
propinas.