O Exército mexicano e a Polícia Federal do país podem ter participado do ataque aos 43 estudantes desaparecidos desde setembro no Estado de Guerrero. A informação foi divulgada pela revista “Proceso”, que conduziu uma investigação com apoio da Universidade de Berkeley, na Califórnia.
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Com base em depoimentos de estudantes, vídeos gravados em celulares na ocasião da emboscada, centenas de documentos inéditos e declarações em juízo, a investigação da revista mostra que a PF mexicana participou “ativa e diretamente” no ataque contra os jovens, “com a cumplicidade ou colaboração do Exército”.
Ataque premeditado
A versão oficial divulgada pelo governo ocultaria, dessa forma, informações conhecidas pelas autoridades há pelo menos dois meses.
Segundo a jornalista investigativa Anabel Hernández, que conduziu com Steve Fisher a investigação publicada pela revista “Proceso”, trata-se de um ataque premeditado, que “não aconteceu acidentalmente”.
“A informação que estamos publicando é uma informação que o governo (do presidente mexicano) Enrique Peña Nieto tem desde pelo menos o dia 28 de outubro (dois dias após os acontecimentos em Guerrero)”, disse Hernández à TV Univisión.
Segundo o canal de TV, a Procuradoria Geral da República reconheceu que está investigando a eventual participação da PF e do Exército no caso.
Veja alguns dos vídeos revelados pela revista ‘Proceso’:
