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Nos últimos depoimentos da delação premiada, na semana passada, o doleiro Alberto Youssef reafirmou a participação do Partido Progressista (PP) no esquema de lavagem e desvios de dinheiro da Petrobras. Segundo ele, o ex-deputado José Janene (PP-PR) – réu também no processo do mensalão, que morreu em 2010 – foi quem organizou a corrupção na estatal.
A fórmula de Janene consistia em concetrar a negociação de propina em uma única diretoria da petrolífera. Segundo as investigações da operação Lava Jato, o esquema teria começado em 2004, quando o PP indicou Paulo Roberto Costa para a diretoria de Abastecimento da estatal, e se estendeu até a Polícia Federal deflagrar a operação (em março deste ano).
Em depoimentos anteriores, tanto o doleiro como o ex-diretor da Petrobras afirmaram que 1% do valor dos contratos com a estatal era repassado ao Partido Progressista. O modelo depois teria sido copiado pelo Partido dos Trabalhadores (PT), que passou a arrecadar a maior parte da propina: 3% de todos os contratados. PMDB e partidos da base do governo federal também teraim se beenficiado com os devios.
A investigação sobre o envolvimento de políticos precisa ser autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Por isso os nomes de políticos citados nas delações premiadas de Costa e Youssef estão sendo mantidos sob sigilo.