Os temporais que atingiram São Paulo na última semana não foram suficientes para que o volume acumulado no sistema Cantareira chegasse ao esperado para o mês: foram 135 mm de água, abaixo da média histórica, que é de 161,2 mm, de acordo com a Sabesp.
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Em todo o ano, apenas março teve precipitações acima da média, quando choveu 9,2 mm a mais do que os 184,1 mm esperados para o mês. Nesta segunda-feira o Cantareira registrou queda de 0,1%, e opera com 8,7% da sua capacidade, já incluída a segunda cota da reserva técnica.
Os outros cinco sistemas que abastecem a Grande São Paulo também tiveram chuva abaixo da média de novembro. O Guarapiranga foi o que mais se aproximou da pluviometria esperada (124 mm).
Com 109,3 mm, o sistema foi o único que não apresentou queda em seu volume no domingo, mantendo os 33,7% da capacidade.
No Alto Tietê, que caiu de 5,8% para 5,7% no domingo, foram 108,2 mm de chuva ante 129,4 mm da média histórica. Depois do Cantareira, é o sistema com a situação mais preocupante. O Rio Claro foi o sistema que ficou mais distante da média histórica em novembro. Foram 70,9 mm a menos do que esperado (veja quadro).
Segundo especialistas, a situação é cada vez mais crítica. Mesmo que as chuvas se mantenham dentro da na média histórica no verão, como prevê a meteorologia, os reservatórios devem entrar em colapso a partir de abril do ano que vem. A saída é adotar medidas de redução de consumo imediatamente.
O governo estadual nega o risco de desabastecimento e promete realizar uma série de obras para diminuir a dependência do Cantareira. Afirma, ainda, que o sistema chegará ao período de estiagem com a reserva técnica recuperada e cerca de 25% do volume útil.
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Previsão
Hoje, novas chuvas devem atingir todo o Estado entre a tarde e a noite. O calor continua e a máxima chega aos 30oC na capital, segundo o Inmet. Amanhã e quarta o sol aparece entre nuvens, e não chove. Áreas de instabilidade só devem voltar a São Paulo na quinta, quando há previsão de pancadas isoladas.