
Em meio à discussão entre prefeitura e o governo do Estado sobre a responsabilidade das ações na cracolândia, a favela montada por dependentes químicos na esquina da rua Helvetia com a alameda Cleveland cresce cada vez mais.
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Ontem, enquanto o prefeito Fernando Haddad (PT) afirmava que a situação está melhor, a ocupação, feita com barracas de camping e de madeira, já abrigava cerca de 500 pessoas. O Metro Jornal esteve no local ontem e constatou o clima de insegurança, mesmo com a presença de PMs e de guardas municipais.
Segundo Haddad, um grupo resiste “com violência” em deixar a praça. “Há um grupo na região que tenta impor a sua vontade. O que não vamos deixar acontecer. Queremos levar adiante a recuperação daquele espaço”, disse.
A prefeitura pretende reformar o espaço, em parceria com o governo estadual. Esta semana, o secretário de Governo, Chico Macena, deve se reunir com o secretário estadual da Segurança, Fernando Grella, para traçar uma estratégia para a retirada dos dependentes.
O prefeito também afirmou que esse é um momento de transição da ONG responsável pelo programa Braços Abertos, que emprega 513 dependentes em serviços de varrição.
Troca de farpas
Na última quarta, o prefeito havia afirmado que o ressurgimento da favelinha era culpa das polícias, Civil e Militar. Em sua conta no twitter, Haddad disparou contra o governo estadual. “Crack: cobram da União a fiscalização de 17 mil km de fronteiras contra a droga, mas as polícias locais não controlam um quarteirão da Luz”. Em nota, Grella rebateu as acusações e lembrou que a prefeitura criticou a ação da polícia na região em janeiro, quando uma operação tentou desocupar o local.
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