O nível do Sistema Cantareira, maior reservatório de São Paulo, caiu mais uma vez nesta terça-feira. De acordo com o monitoramento diário da Companhia de Saneamento Básico do Estado (Sabesp), o volume passou de 10,3% na segunda-feira para 10,2% – índice que já inclui a segunda cota da reserva técnica (o chamado volume morto, que fica abaixo dos dutos de captação).
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A segunda e última cota do volume morto começou a ser usada no sábado. Na reserva há 150 bilhões de litros de água, o suficiente para apenas até abril, caso não chova e o volume continue caindo até lá.
Faz sete meses que o nível do reservatório não sobe. O último registro foi no dia 16 de abril, quando o monitoramento da Sabesp mostrou elevação de 0,3%. A seca é tanta que na represa do Jaguari, que faz parte do Sistema Cantareira, já é possível ver carcaças de veículos que estavam depositadas no fundo.
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Mais de seis milhões de pessoas dependem do Cantareira. Segundo meteorologistas, as chuvas previstas até o fim do ano devem recuperar a reserva técnica.
São Paulo enfrenta a maior crise hídrica da história. Em um encontro com a presidente Dilma Rousseff (PT), o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), pediu R$ 3,8 bilhões para executar oito projetos que garantiriam o abastecimento de água à população.