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Acordo entre PMDB e PT acabou, afirma Eduardo Cunha

Cunha quer Legislativo independente | Zeca Ribeiro/Agência Brasil
Cunha quer Legislativo independente | Zeca Ribeiro/Agência Brasil

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Nome mais cotado para disputar a presidência da Câmara pelo PMDB, o deputado federal Eduardo Cunha disse nesta quinta-feira que a Casa não aceita mais um revezamento entre o PT e o PMDB no cargo e que sua candidatura busca devolver ao Legislativo uma posição de independência em relação ao Executivo.

As declarações foram dadas nesta quinta-feira, durante entrevista ao Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes. Segundo parlamentar, as duas legendas fizeram, sim, acordos para comandar a Casa no passado, mas o resultado das eleições deste ano mudou totalmente a divisão de forças.

“Somados, os dois partidos têm 136 das 513 cadeiras da Câmara. Ninguém aceitará mais esse revezamento.”

Cunha disse que já possui o apoio de todos os parlamentares do PMDB e, nos próximos dias, deve receber o aval do vice-presidente da República Michel Temer. “Ele não deixará de apoiar um nome do PMDB, afinal ele é o presidente do partido. Seu papel será de conciliador junto ao PT”.

O peemedebista afirmou que conversará com líderes dos partidos da base aliada da presidente Dilma Rousseff para fechar um arco de aliança em torno de seu nome. Até mesmo as legendas de oposição serão procuradas. “Nossa candidatura não é nem da situação nem da oposição. O foco é permitir a governabilidade, mas sem submeter a Casa aos desejos do Executivo.”

Cunha afirmou que não é preciso atender o critério da proporcionalidade na escolha do presidente da Câmara.  Maior bancada em 2015, 70 deputados, o PT diz que tem direito automático ao posto. “O Arlindo Chinaglia (PT-SP) foi presidente quando o PMDB era a maior bancada. Hoje, nó somos a segunda bancada e o presidente é o Henrique Eduardo Alves, do PMDB.” 

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