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Dilma diz que vai cortar gastos para controlar inflação

Dilma quer uma redução gradativa dos gastos para não elevar impostos | Fábio rodrigues pozzebom/Agência Brasil
Dilma quer uma redução gradativa dos gastos para não elevar impostos | Fábio rodrigues pozzebom/Agência Brasil

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Passada a campanha, a presidente Dilma Rousseff (PT) admitiu nesta quinta-feira: “temos um problema interno com a inflação”. Ela afirmou que vai “apertar o controle” e cortar gastos – mas não revelou quais.

Dilma falou sobre a inflação, que chegou a 6,75% em 12 meses até setembro de acordo com o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), em entrevista aos jornais. “Folha de S. Paulo”, “O Estado de S.Paulo”, “O Globo” e “Valor Econômico” na tarde de ontem. O centro da meta é de 4,5% no acumulado do ano, mas aceita-se uma margem de dois pontos acima ou abaixo desse número; o governo garante que vai conseguir chegar ao centro da meta até o fim de 2014.

A presidente garantiu que não vai mudar essas metas, mas não falou sobre novos aumentos de juros. Na última semana, o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) aumentou a taxa Selic em 0,25 ponto, para 11,25% ao ano.

Corte de gastos no governo e limites fiscais estão entre as ações citadas pela presidente para controlar os preços. “Vamos fazer o dever de casa e apertar o controle [da inflação]”, disse. Voltando ao que também sustentou na campanha, porém, ela garantiu que não vai adotar medidas que gerem desemprego.

A escolha do novo ministro da Fazenda, já que Guido Mantega deverá deixar o cargo até o fim do ano, foi um dos assuntos tratados pela presidente, mas ela descartou mais uma vez adiantar o novo nome.

O anúncio, segundo Dilma, será feito depois da viagem que ela fará para a Austrália, nos dias 15 e 16 de novembro, para a reunião do G-20 (grupo que reúne as 20 maiores economias do planeta).

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Dilma comentou a resolução divulgada na última segunda-feira pela Executiva Nacional do PT, que pede a adoção de bandeiras polêmicas como a revisão da Lei da Anistia e a criminalização da homofobia. “Não sou presidente do PT. Sou presidente de todos os brasileiros. A opinião do PT é a opinião de um partido.”

Lula

Os senadores da bancada atual do PT e os recém-eleitos se reuniram ontem com o ex-presidente Lula, em São Paulo. Os parlamentares discutiram com ela alternativas para aproximar a presidente Dilma da bancada no Congresso, pois consideram que o distanciamento dos primeiros quatro anos prejudicou a união da base. A relação com o PMDB, acusado pelos senadores de ‘parceiro de conveniência’, também esteve no cardápio do encontro. A avaliação foi de que é preciso “enquadrar” o aliado, que detém a vice-presidência e vários  cargos de primeiro escalão.

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