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O CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico) elevou nesta quarta-feira para 5% o risco de deficit de energia em 2015 no Sudeste e Centro-Oeste. Esse é o limite máximo tolerável no sistema.
No mês passado, o CMSE, que reúne as principais autoridades do setor dentro do governo, estimava esse risco em 4,7%.
Para 2014, o CMSE manteve a perspectiva de que o risco de deficit é zero.
Segundo o coordenador do Grupo de Estudos do Setor de Energia Elétrica da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), Nivalde de Castro, o aumento do risco significa que, para novembro, a expectativa é de que as chuvas que deveriam abastecer represas de hidrelétricas vão ficar abaixo da média histórica. “Se a previsão de chuva estivesse acima (da média histórica), o risco se reduziria”, disse à “Reuters”.
Castro afirmou que, na prática, o setor continua dependendo das chuvas. Se elas não vierem, o risco vai aumentando. “A coisa mais imprevisível do setor elétrico é a chuva. Tem modelagens computacionais que tentam simular isso, mas pode chover em um dia toda a chuva do mês e em um mês não chover a água de um dia”, disse.
Para a região Nordeste do país, o risco de faltar energia em 2015 teve uma ligeira queda, para 0,7%, ante 0,8% na reunião de outubro do CMSE. O cálculo desse risco de faltar energia é feito levando em conta a geração disponível e uma série histórica de chuvas nas bacias das hidrelétricas.
Na nota, o CMSE afirma que, em outubro, choveu acima do normal na metade sul da região Sul do país, e abaixo do normal nas demais regiões. No Sudeste/Centro-Oeste, por exemplo, as afluências em outubro ficaram em 64% da média histórica.