Com a incumbência de pedir doações a empreiteiras em nome do senador Lindbergh Farias, Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, atuou na campanha do candidato ao governo no Rio de Janeiro pelo PT.
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De acordo com o jornal «Folha de S. Paulo», Costa, que é réu em processo sobre a operação Lava Jato, da Polícia Federal, tinha uma planilha manuscrita com nomes de empresas que prestam serviços a Petrobras em sua casa. Nela, constavam anotações sobre a colaboração para uma campanha, mas sem citar o nome do político beneficiado.
Em depoimento às autoridades na última quarta-feira, dia 8, o ex-diretor da Petrobras foi questionado sobre do que se tratavam as anotações e contou que no início do ano foi procurado por um candidato ao governo do Rio para arrecadar recursos para sua campanha.
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Segundo a Folha, a assessoria de Lindbergh confirmou a parceria entre os dois e disse que Costa participou de três reuniões, mas apenas para tratar da elaboração do programa de governo na área de óleo e gás.
Costa confirmou a versão, mas acrescentou que, em um dos encontros, recebeu uma lista com o nome de empreiteiras que poderiam contribuir.
Ainda de acordo com o jornal, a planilha mostra os nomes de seis empresas: Mendes Júnior, UTC/Constran, Engevix, Iesa, Hope RH e Toyo/Cetal. Em três delas (UTC/Constran, Engevix e Hope), havia a menção de que iria colaborar ou aumentar a contribuição a pedido de «PR», iniciais de Paulo Roberto.
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No final da planilha consta a anotação do nome Garreta, precedido de um asterisco, assim como a OAS.
O marqueteiro Valdemir Garreta, que trabalha para campanhas petistas há longos anos, foi contratado por Lindbergh para cuidar da produção de sua campanha na TV e para fazer sua assessoria de imprensa. Pelo o que a «Folha» apurou, Garreta também assessora a construtora OAS.