O volume de água do Sistema Cantareira voltou a cair nesta sexta-feira (3), de 6,6% para 6,4% da capacidade de operação e deve continuar em queda, porque não há previsão de chuvas significativas para os próximos dias na região onde ficam as nascentes que alimentam os reservatórios do sistema.
A Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) deve entregar, na próxima segunda-feira (6), à Agência Nacional de Águas (ANA) o Plano de Operação do Reservatório do Sistema Cantareira.
O plano, que traz a estratégia prevista até o final de abril do ano que vem, foi a condição imposta pela agência para avaliar a autorização do uso da segunda cota do chamado volume morto (água que fica abaixo do nível de captação por gravidade).
Desde maio, o abastecimento das 374 cidades atendidas na região metropolitana de São Paulo e em parte do interior paulista é feito com o uso da reserva técnica. Esse recurso entrou em operação em 16 de maio, quando o volume útil tinha baixado para 8,2%.
Naquele período, houve acréscimo de 18,5% na oferta, o equivalente a 182,5 bilhões de litros. A expectativa da Sabesp agora é usar mais 106 milhões de metros cúbicos da segunda cota da reserva técnica. Segundo o secretário estadual de Saneamento e Recursos Hídricos, Mauro Arce, a primeira cota da reserva técnica do Sistema Cantareira deve se esgotar no dia 21 de novembro.
Em nota publicada em seu site, a ANA informa que, desde o dia 1º de julho, a captação de água para a região metropolitana de São Paulo está fixada em 19,7 metros cúbicos por segundo (m³/s) e que havia uma tentativa de reduzir esse teto para 18,1 m³/s , no último dia 1º e para 17,1 m³/s a partir de 1º de novembro. Como não houve acordo neste sentido com o secretário Mauro Arce, a ANA se retirou do Grupo Técnico de Assessoramento para a Gestão do Sistema Cantareira.