A chuva registrada no sistema Cantareira durante o final de semana não foi capaz de interromper a trajetória de queda nos reservatórios que abastecem municípios da Grande São Paulo e do interior. Segundo a Sabesp, o sistema operava no domingo com 7,1%. No dia 28 de setembro de 2013, o Cantareira registrava 40,8%.
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De acordo com as medições do DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica), foram registrados, da noite de sexta-feira até a madrugada de domingo, 22,7 milímetros de chuva.
Na prática, cada milímetro equivale a um litro de água por metro quadrado. O Cantareira registrou, neste mês, 62,9 mm. A média histórica é de 91,9 mm.
Utilizado para atender parte dos consumidores abastecidos pelo Cantareira, o sistema Alto Tietê têm registrado queda diária. Ontem, ele operava com 12,5%. Em 2013, no mesmo período, o reservatório operava com 53,8% de capacidade.
Prazo de validade
Pelas contas do secretário estadual de Recursos Hídricos, Mauro Arce, caso a estiagem persista no Estado, a água do sistema chegará ao fim em novembro. No caso do sistema Alto Tietê, a capacidade de abastecimento chegará ao fim em dezembro.
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A Sabesp garante que não faltará água até 2015.
Na semana passada, a empresa pediu autorização para usar a segunda cota do volume morto, o que elevará o nível do Cantareira para 10,07%. A operação ainda precisa do aval dos órgãos reguladores.
Previsão
A previsão do tempo para a semana não prevê mudanças significativas nos reservatórios. Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), apenas pancadas isoladas devem ocorrer até sexta-feira. Uma elevação significativa no Cantareira e no Alto Tietê só ocorrerá em caso de chuva intensa por pelo menos um mês seguido, segundo especialistas em hidrologia. Os últimos números apresentados apontam que o atual déficit de água em São Paulo é de 140 mm. Ou seja, os reservatórios só sairão do vermelho a partir do acúmulo desse nível de chuva.