Está cada vez mais difícil se locomover em São Paulo. Levantamento feito pelo Ibope, divulgado ontem pela Rede Nossa São Paulo, mostra que o tempo médio gasto pelos paulistanos no trânsito, independente do meio de transporte, é de 2 horas e 46 minutos por dia. O número representa aumento de 31 minutos em relação à 2013, quando a média de tempo era de 2 horas e 15 minutos.
De acordo com a pesquisa, que ouviu 700 pessoas entre os dias 29 de agosto e 3 de setembro, 70% consideram o trânsito da capital ruim ou péssimo, índice que permanece inalterado desde 2008, quando foi realizada a primeira edição da pesquisa. Apesar disso, o uso do carro para se locomover tem aumentado. A parcela de pessoas que usa o carro todo dia subiu de 14% para 20%. Também subiu o índice de quem tem carro próprio: de 52% para 62%.
Embora muitos motoristas reclamem do afunilamento de vias e da retirada de vagas de estacionamento, 88% dos entrevistados afirmam que aprovam os espaços exclusivos para bicicletas.
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Para o consultor em trânsito Paulo Roberto Lozano o paulistano só vai começar a deixar o carro em casa quando houver mais opções de transporte público. Segundo ele, falta qualidade para fazer com que quem usa carro aceite migrar para o transporte público. “É muito mais cômodo ir com o carro direto para o destino do que ter que pegar vários meios para seguir o mesmo trajeto”.
Tarifas não devem subir em 2015, diz secretário
O Secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, afirmou ontem que as tarifas da CPTM e do Metrô não devem subir no ano que vem. Ele foi questionado durante a apresentação da pesquisa de mobilidade. “Provavelmente não”, afirmou o secretário. Segundo ele, ainda será feita uma análise sobre a necessidade de aumento no ano que vem.
Em junho do ano passado, o Estado e a prefeitura chegaram a aumentar as passagens de ônibus, metrô e trens, de R$ 3 para R$ 3,20, mas voltaram atrás após uma série de protestos.
O prefeito Fernando Haddad (PT) disse que a prefeitura realiza, em parceria com o governo do Estado, um estudo sobre o valor da tarifa do transporte público, mas foi desmentido pelo secretário Jurandir Fernandes. “Não há nada feito neste sentido no Metrô”, disse Jurandir.
Já o secretário municipal dos Transportes, Jilmar Tatto, não quis se pronunciar sobre um possível reajuste na tarifa de ônibus no ano que vem.