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Especialistas dão dicas para fazer a melhor escolha na hora do voto

selo-eleicao-metro-eleicoes-2014-150São 11 candidatos à Presidência da República na disputa deste ano. Somente em São Paulo, são nove postulantes ao governo estadual, 11 ao Senado; 1.486 disputam uma cadeira de deputado federal e outros 2.128 buscam uma vaga na Assembleia Legislativa. Com tantas opções, é difícil para o eleitor escolher um nome. Para ajudar na hora da avaliação, cientistas políticos e sociólogos ouvidos pelo Metro Jornal dão dicas de como fazer a melhor escolha.

“Não existe receita para achar o melhor. O que pode ser uma virtude para alguns, às vezes, é um defeito para outros. A pluralidade da sociedade se reflete nos candidatos”, diz o cientista político da Unesp (Universidade Estadual de São Paulo) Jefferson Oliveira Goulart.

Para o especialista, o primeiro passo é identificar qual bandeira defende o político. Essa é uma forma de peneirar a escolha e chegar a alguns nomes com “a cara do eleitor”. Isso pode ser feito ao acompanhar a propaganda eleitoral e os debates.

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Após analisar quais candidatos se aproximam mais do seu perfil, é hora de investigar o passado (biografia, partido, ideias, propostas e compromissos). “Nem sempre a história diz se o sujeito é bom ou não. No caso de um nome que busca a reeleição no Legislativo, este pode ter apresentado várias propostas durante a legislatura, mas é importante avaliar quantas tiveram realmente algum impacto positivo na sociedade”, alerta Goulart.

O site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) – www.tse.jus.br – oferece ferramentas para analisar o postulante. Nesse portal, é possível confirmar se a candidatura foi aprovada, levantar os barrados pela Lei da Ficha Limpa e ter detalhes das regras impostas pela Justiça Eleitoral aos candidatos, comitês eleitorais e partidos políticos.

Você elege. E ele faz o quê?

O que faz um senador? E um deputado federal? Quais os poderes do governador? E do presidente? Para escolher os seus candidatos, é necessário saber responder todas as questões sobre a representatividade de cada cargo.

“É importante, em primeiro lugar, ter conhecimento mínimo das atribuições de cada um. O papel do legislativo (deputados federais e estaduais) é legislar e fiscalizar o Executivo. Muitas vezes o sujeito faz discurso fácil, mas que foge de sua responsabilidade. Por exemplo, um candidato a deputado não pode prometer que vai diminuir a criminalidade, porque a Segurança Pública é de responsabilidade do governo estadual. Assim como postulante ao Executivo (presidente e governador) não pode dizer que vai mudar uma lei, que isso depende de aprovação do legislativo”, explicou o cientista político e professor da Unesp em Bauru, Jefferson Oliveira Goulart.

Análise – Debate ajuda a saber quem é quem

Quem acha que acompanhar um debate eleitoral é perder tempo está equivocado. Para os especialistas, o embate entre os candidatos é um dos principais meios para identificar quem é capaz de exercer um cargo público. Prestar atenção nos discurso e nas propostas é primordial. “A campanha é muito maquiada. O debate é ao vivo, chama mais a atenção e mostra o candidato realmente. Historicamente, sempre auxiliaram os eleitores porque têm grande audiência e servem para esclarecer algumas informações. É uma ferramenta”, diz o sociólogo Wellington Teixeira Lisboa, da Unisantos.

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