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Após atentado, nova bomba explode no Chile e deixa um ferido

| Ivan Alvarado/Reuters
Equipes especializadas da polícia iniciaram a investigação no local | Ivan Alvarado/Reuters

Um novo artefato caseiro explodiu na noite de terça-feira na cidade chilena de Viña del Mar, oeste de Santiago, em uma lata de lixo, deixando uma pessoa ferida, informou a polícia, um dia depois de outra explosão registrada no metrô da capital.

A explosão aconteceu diante de um supermercado no setor Gómez Carreño. «O artefato consistia em uma garrafa de plástico com papel, alumínio e ácido muriático», explicou uma fonte da polícia.

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A bomba explodiu quando uma gari tirava o lixo do recipiente. A mulher de 43 anos sofreu um traumatismo acústico e posteriormente recebeu alta do hospital.

A equipe especializada da polícia foi ao local investigar o caso.

Por ora, ninguém reivindicou a autoria desse atentado, e não foram encontrados panfletos alusivos ou vinculados a qualquer movimento.

Bomba no metrô

A presidente do Chile, Michelle Bachelet, anunciou na terça-feira um reforço da segurança após o atentado com uma bomba caseira que deixou 14 feridos, e que abriu um debate sobre a capacidade do Estado de lutar contra o que se considera terrorismo.

Uma bomba caseira, preparada com um extintor repleto de pólvora e um detonador, provocou pânico na segunda-feira, depois de explodir dentro de uma lixeira em uma zona comercial de uma estação de metrô.

Este é considerado o maior atentado no país desde a chegada da democracia, em 1990, segundo meios de comunicação locais. O governo apresentou uma ação por crime terrorista.

Bachelet anunciou nesta terça-feira que a segurança nas estações de metrô e nos locais de maior movimento será reforçada e disse que não permitirá «que um grupo reduzido de terroristas e covardes afete a vida que levamos».

Nos últimos anos centenas de artefatos parecidos explodiram sem provocar grandes danos ou feridos graves, mas nunca haviam sido colocados em um local público, de grande movimento e durante o dia.

Doa 14 feridos vítimas da explosão, cinco continuavam hospitalizados nesta terça-feira, enquanto oito receberam alta, a maioria por lesões auditivas. Uma das vítimas não quis ser atendida em centros médicos, informaram meios de comunicação locais.

O modo como o ataque foi realizado aterrorizou os moradores da capital. Uma foto de origem desconhecida que se tornou viral nas redes sociais mostrava uma pichação no transporte público, na qual era possível ler: «A próxima bomba será em um ônibus». O governo analisa a imagem.

A cautela levou ao fechamento momentâneo de várias estações de metrô devido a pacotes suspeitos que acabaram por ser alarmes falsos. Os funcionários do metrô protegeram todas as lixeiras por precaução.

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