Para o cientista político Antônio Lavareda, a presidente Dilma Rousseff (PT) precisa diminuir a rejeição e superar a crise econômica se quiser derrotar Marina Silva (PSB) no segundo turno. Em entrevista ao Band Eleições, Lavareda comentou os últimos números das pesquisas.
De acordo com o Índice Band, Dilma Rousseff, do PT, tinha 44% dos votos válidos em 18 de agosto, caiu para 41% no dia 27 e mantém os mesmos 41%. Marina Silva, do PSB, aparecia com 26% dos votos válidos, subiu para 35% e está com 37%. Aécio Neves, do PSDB, tinha 24%, caiu para 21% e agora tem 20%.
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Num eventual segundo turno, Marina Silva passou de 52% para 55% dos votos válidos e venceria Dilma Rousseff, que caiu de 48% para 45%. Em outro cenário, Dilma Rousseff venceria com 55% dos votos válidos e Aécio Neves teria 45%.
“A principal notícia das pesquisas é a vantagem de 10 pontos para Marina no segundo turno”, explica Lavareda. “Tendo em vista a rejeição de Dilma, ela precisaria tirar pontos semanalmente para conseguir reverter o quadro. No segundo turno, os índices de rejeição baixos são fundamentais para vencer”.
Para Lavareda, a campanha ruma para uma bipolarização entre Dilma e Marina, o que consequentemente irá diminuir a atenção sobre Aécio Neves (PSDB). “Aécio enfrenta dificuldades até em Minas. No último debate, ocorrido com SBT, UOL, Folha e Jovem Pan, já polarizou entre Dilma e Marina, e isso está diminuindo a atenção do eleitor para o programa do Aécio”.
Economia afeta
Para Lavareda, Dilma precisa superar, além da rejeição, a desconfiança com os rumos da economia do Brasil. “A recessão econômica é terrível para a Dilma. A economia tem sido o principal problema da campanha da presidente”.