A forte chuva que atingiu a capital no domingo não foi suficiente para impedir que o nível do sistema Cantareira registrasse queda pelo 1000 dia seguido.
No início de maio, quando a Sabesp começou a usar o volume morto, o índice subiu de 8,2% para 26,7%. As represas mantiveram o nível praticamente estável até o dia 25.
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Desde então, o índice dos reservatórios, que atualmente abastecem cerca de 6,6 milhões de pessoas, caiu sucessivamente até os 10,8%, registrados ontem. E a tendência é de que o nível continue caindo porque a meteorologia prevê que setembro tenha chuva abaixo da média histórica.
A Sabesp informou que começou a captar mais água do volume morto. Desde o dia 24, a empresa começou a captar 77 bilhões de litros da represa Atibainha, uma das que compõem o sistema.
A crise de abastecimento em São Paulo começou por causa da estiagem que atinge o Estado desde o início do ano. Desde fevereiro, a Sabesp oferece desconto de 30% para os consumidores que reduzirem o consumo em 20%.
Disputa pela água
A ANA (Agência Nacional de Águas) determinou que a vazão do rio Paraíba do Sul sobre a barragem de Santa Cecília seja reduzida. De lá, a água é direcionada para produzir energia e para abastecer cerca de 10 milhões de pessoas na região metropolitana do Rio.
Em nota, a agência afirmou ontem que o envio de água à barragem passará de 165 mil para 160 mil litros por segundo entre os dias 1º e 30 de setembro. A medida é parte do acordo firmado pelos governos de São Paulo e do Rio no dia 18 de agosto. Segundo a a ANA, a medida visa “preservar os estoques disponíveis”.
Previsão é de chuvas fracas
A água pode secar em 54 dias, se o sistema mantiver o ritmo atual de queda, que é de 0,2% por dia.
E, de acordo com a meteorologia, é bem provável que isso ocorra porque as chuvas na região do Cantareira devem ficar abaixo da média.
“A chuva na região deve ficar abaixo da média história para setembro, que é de 91,8 mm”, diz a meteorologista Helena Balbino, do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).
De acordo com Thomaz Garcia, do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências, apenas no final de outubro a região terá chuvas mais significativas.