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Ato de grevistas da USP termina em confronto e paralisação continua

Polícia usou bombas de gás lacrimogêneo | Marco Ambrosio/Folhapress
Polícia usou bombas de gás lacrimogêneo | Marco Ambrosio/Folhapress

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Cerca de 300 funcionários e estudantes da USP entraram em confronto na manhã desta quarta-feira com a PM (Polícia Militar). Os manifestantes fecharam todos os portões da Cidade Universitária, no Butantã. As avenidas Vital Brasil e Francisco Morato também foram parcialmente bloqueadas.

Os policiais usaram balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes, que responderam com pedras e paus. Ninguém ficou ferido, segundo a PM. O diretor do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP), Magno de Carvalho,  afirma que seis manifestantes foram atingidos por balas de borracha.

Em assembleia realizada após o protesto, o sindicato dos funcionários decidiu manter a greve, que começou no dia 27 de maio. Eles reivindicam reajuste de 9,78%, além do fim da redução de 35% na verba destinada a ensino e pesquisa.

Em crise financeira, a USP diz que não pode conceder o reajuste este ano. A contratação de professores e funcionários foi congelada.

À tarde, uma audiência de conciliação aconteceu ontem no TRT (Tribunal Regional do Trabalho). A desembargadora Rilma Aparecida Hemetério considerou ilegal o desconto dos dias parados, decisão tomada pela USP no início do mês. Rilma deu à instituição prazo de uma semana para propor um percentual de reajuste. Uma nova audiência vai acontecer dia 27.

Confronto

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Os portões do campus começaram a ser fechados de madrugada. Por volta das 6h30, a rua Alvarenga foi bloqueada e o confronto teve início. Após a intervenção da PM, os manifestantes seguiram para a avenida Vital Brasil. Passageiros de ônibus precisaram descer para fugir do gás lacrimogêneo. A estação Butantã do metrô ficou fechada por cerca de 30 minutos.

Os manifestantes se dispersaram por volta das 7h40, na Francisco Morato. Os portões da USP já haviam sido liberados. Os bloqueios causaram 40 km de congestionamento na zona oeste, segundo a CET.

De acordo com o Sintusp, um novo ato será realizado em protesto contra a ação da polícia e a política do reitor da USP, Marco Antônio Zago.

A polícia foi chamada e houve um conflito entre os agentes e os grevistas:

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