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Ataque a escola da ONU mata 16 civis na Faixa de Gaza

Ataques de Israel contra Gaza continuaram | Ahmed Zakot/Reuters
Ataques de Israel contra Gaza continuaram | Ahmed Zakot/Reuters

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O 23º dia da guerra entre Israel e o Hamas terminou nesta quarta-feira com duras condenações a um ataque israelense a uma escola da ONU na Faixa de Gaza, em que ao menos 16 civis morreram, entre as quais crianças, segundo fontes médicas. Mais de 100 pessoas ficaram feridas.

A ONU classificou o ato de “escandaloso e injustificável” e exigiu que os responsáveis sejam levados à Justiça. “O secretário-geral Ban Ki-moon acaba de condenar, nos termos mais enérgicos, o ataque contra a escola de nossa agência para os refugiados palestinos e pede que se faça justiça”, declarou o subsecretário-geral da entidade Jan Eliasson, que se disse “comovido e consternado” com o incidente.

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Revide

O ataque foi feito pela artilharia israelense quarta de manhã contra uma escola do campo de refugiados de Jabalya, o maior da Faixa de Gaza, no norte do território palestino costeiro.

O Exército israelense disse que militantes palestinos atiraram bombas de morteiro de perto da escola e as forças israelenses foram obrigadas a revidar.

“Militantes atiraram projéteis de morteiros contra soldados (israelenses) a partir dos arredores da escola da UNRWA (a agência da ONU) em Jabalya. Em resposta, os soldados atiraram em direção à origem dos disparos. Nós ainda estamos analisando o incidente”, disse uma porta-voz militar.

Em termos menos enérgicos, os EUA também condenaram a ação, mas sem atribuir a responsabilidade pelo ataque. A porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Bernadette Meehan, disse que os EUA estão “extremamente preocupados que milhares de palestinos desabrigados que receberam aviso do Exército israelense para deixarem suas casas não estejam seguros em abrigos designados pela ONU em Gaza”. “Condenamos também os responsáveis ​​por esconder armas em instalações da ONU em Gaza”, disse, também.

Diplomacia

O ataque israelense ocorreu em meio aos esforços de mediadores egípcios para tentar colocar fim a mais de três semanas de combates.

Na terça-feira, o Egito disse estar revisando uma proposta de cessar-fogo incondicional que Israel havia originalmente aceitado e o Hamas, recusado. O Cairo disse que uma nova oferta seria apresentada para os representantes palestinos. Uma delegação palestina chegou nesta quarta à capital egípcia para discutir os termos de uma trégua.

O Ministério da Saúde de Gaza disse que 1.287 palestinos, a maioria deles civis, foram mortos desde que Israel começou sua ofensiva em 8 de julho, com o objetivo declarado de acabar com foguetes disparados por militantes islâmicos e desmantelar a rede de túneis usada pelo Hamas para infiltrações.

Do lado israelense, 53 soldados e três civis foram mortos.

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