A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu neste domingo, em flagrante, seis policiais militares da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) do Morro do Fogueteiro. Eles são suspeitos de terem matado duas pessoas durante uma ação da polícia na tarde de sábado na comunidade.
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Os policiais foram à delegacia ontem para registrar o caso como um auto de resistência – quando a pessoa é morta em confronto. Os PMs apresentaram uma pistola calibre 40 como sendo de uma das vítimas.
Mas uma perícia feita por policiais civis no local constatou que os dois homens foram executados pelos policiais, e não apenas baleados na troca de tiros. Testemunhas ouvidas pela polícia informaram que o auto de resistência foi forjado.
O delegado decidiu prender os seis policiais militares em flagrante, enquanto eles ainda registravam a ocorrência. Os seis foram encaminhados ao Batalhão Especial Prisional da Polícia Militar. Os seis deverão responder por duplo homicídio doloso (quando há intenção de matar).
Em nota, a CPP (Coordenadoria de Polícia Pacificadora) informou que os policiais faziam um patrulhamento no local quando foram recebidos a tiros por criminosos. Ainda de acordo com a CPP, uma das vítimas estava portando uma pistola calibre 40 e um caderno de anotações sobre a venda de drogas.
Caso Cláudia
Seis policiais acusados pela morte de Cláudia Silva Ferreira – que foi arrastada por um carro da PM após operação no Morro da Congonha em março –, já voltaram a trabalhar no Rio. Eles estão trabalhando internamente nos batalhões até a conclusão do inquérito policial.