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Líder do Hamas rejeita cessar-fogo com Israel

Soldados israelenses com unidade móvel de artilharia | Nir Elias/Reuters
Soldados israelenses com unidade móvel de artilharia | Nir Elias/Reuters

O líder do Hamas, Khaled Mechaal, anunciou nesta quarta-feira a rejeição do grupo palestino a um cessar-fogo com Israel enquanto a Faixa de Gaza for mantida sob o bloqueio imposto há anos pelos israelenses.

“Rejeitamos hoje e rejeitaremos no futuro”, declarou Mechaal sobre a proposta de um cessar-fogo antes das negociações sobre as reivindicações do Hamas, incluindo a retirada do bloqueio ao território palestino, durante uma coletiva de imprensa em Doha, Catar.

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A suspensão do bloqueio, em vigor desde 2006, é uma das reivindicações do Hamas que também exige a abertura da fronteira com o Egito e a libertação dos prisioneiros por Israel.

Em meio aos muitos apelos internacionais pelo fim das hostilidades entre palestinos e israelenses, Mechaal garantiu que o Hamas não tem objeções quanto às mediações, incluindo a do Egito, mas exige o fim da agressão e o fim do bloqueio. «Quando concordarem com o cumprimento de nossas demandas, decidiremos o momento para um cessar-fogo», insistiu.

Neste contexto, ele afirmou ser favorável a uma trégua humanitária, que não seja uma maneira de contornar as reivindicações do Hamas.

Trégua humanitária

O líder do Hamas, Khaled Meshaal, pediu nesta quarta-feira uma trégua temporária para permitir a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, mas disse que seu grupo continuará lutando contra uma ofensiva israelense e não concordará com um cessar-fogo mais duradouro sem negociar os termos.

«Estamos muito interessados ​​em ter uma trégua humanitária, como fizemos na última quinta-feira. Precisamos de calma por algumas horas para retirar os feridos e ajudar… Isto significa uma trégua verdadeira apoiada por um programa verdadeiro de ajuda oferecido ao povo de Gaza», disse ele em uma entrevista coletiva no Catar.

O líder do grupo islâmico, que controla o território palestino, pediu à comunidade internacional que ajude a abastecer a Faixa de Gaza com remédios, combustível e outros produtos.

Porém, afirmou que qualquer cessar-fogo permanente poderá apenas acontecer depois de Israel encerrar o seu cerco, e que só poderá ser implementado depois de ser complemente negociado.

«Todo mundo quer que aceitemos um cessar-fogo e, em seguida, negociemos nossos direitos, nós rejeitamos isso e nós rejeitamos isso de novo hoje», disse Meshaal.

Ele acrescentou que, apesar dos esforços para mediar um cessar-fogo mais duradouro, não houve avanço.

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