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Um mega-assalto à fábrica da Samsung localizada na rodovia Dom Pedro I, em Campinas, acabou com R$ 80 milhões em produtos roubados na madrugada de ontem. Segundo a polícia, a quadrilha formada pelo menos oito homens agiu por cerca de três horas. Os eletrônicos foram levados em sete caminhões.
A polícia tenta identificar os criminosos, que aparecem em imagens gravadas pelo circuito interno de monitoramento da fábrica sem máscaras. Eles não aparecem portando armas nas imagens, apesar de dizerem que tinham fuzis, segundo os funcionários.
O bando aproveitou a troca de turno para realizar o roubo. Por volta da 0h, parte do grupo rendeu funcionários que estavam em uma van para pegar um colega. Alguns foram levados para locais ainda não identificados e os criminosos tomaram seus lugares na van. Na portaria, eles usaram os crachás dos trabalhadores para entrar na fábrica.
Os 10 vigias foram rendidos. No total, cerca de 200 pessoas ficaram sob as ordens dos bandidos. Mas parte dos funcionários sequer notou o assalto, conforme disse à Band Campinas uma das empregadas da fábrica.
Do setor de distribuição foram levados tablets, celulares e notebooks. Os objetos mais valiosos foram concentrados em três carregamentos distintos. A polícia acredita que essa foi uma tática para despistar e que a quadrilha conhecia a operação da fábrica.
O caso está a cargo da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), que, além de analisar as imagens do circuito interno da Samsung, está tomando depoimento de funcionários, pessoal da segurança privada e de uma seguradora.
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Ontem, em entrevista coletiva, o delegado titular da DIG, Carlos Henrique Fernandes, disse que os produtos roubados são para alimentar a rede de comércio informal.
Até o fechamento desta edição nenhuma prisão havia sido confirmada, mas o Metro Jornal apurou que um dos homens da quadrilha já havia sido identificado.
A Samsung informou que ninguém foi ferido no assalto. A Rota das Bandeiras, concessionária responsável pela rodovia Dom Pedro I, informou que está levantando imagens do horário da fuga para tentar ajudar o trabalho da polícia.