A seca no Cantareira deve dominar o debate eleitoral em São Paulo. Responsável pelo abastecimento de 11 milhões de consumidores na capital e no interior, o sistema passa por sua pior crise hídrica desde dezembro do ano passado.
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Candidato à reeleição, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) destacará durante a campanha que o Estado enfrenta um dos períodos mais longos sem chuvas. Ele ainda colocou em seu plano de governo, que segue para a Justiça Eleitoral, uma relação de obras para evitar uma repetição da crise. Entre elas está a construção do sistema São Lourenço até 2018.
Buscando encerrar a hegemonia de quase 20 anos dos tucanos no Palácio dos Bandeirantes, Alexandre Padilha (PT) e Paulo Skaf (PMDB) também dedicarão parte de seus programas à seca no Estado.
Padilha será municiado pelo seu vice, Nivaldo Santana (PC do B), funcionário de carreira da Sabesp. O foco será mostrar que o risco de um rodízio é resultado da falta de planejamento do governo.
A campanha de Skaf seguirá tom parecido, atrelando o uso do chamado “volume morto” à incapacidade de Alckmin de tocar grandes obras no Estado.
O transporte público e a segurança também irão ocupar o horário eleitoral. PT e PMDB irão centrar seus ataques na inabilidade de Alckmin de acelerar a expansão do metrô e da CPTM, principalmente por causa da falta de parcerias com o governo federal, e de conter a escalada dos roubos no Estado – foram 28 mil casos registrados em maio.
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Gastos de campanha
Os candidatos informaram a previsão de gastos nas campanhas. Skaf destinará R$ 95 milhões, 53% mais do que em 2010, quando disputou o cargo pela primeira vez. Padilha prevê um gasto máximo de R$ 92 milhões e Alckmin irá desembolsar até R$ 90 milhões.