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Justiça barra demolição de viaduto para preservar área

Estrutura esmagou caminhões, ônibus e um carro | Emannuel Pinheiro/ Metro BH
Estrutura esmagou caminhões, ônibus e um carro | Emannuel Pinheiro/ Metro BH

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O TJ (Tribunal de Justiça) de Minas Gerais vetou neste domingo a demolição do viaduto Batalha de Guararapes, em Belo Horizonte, ao acatar pedido do MP (Ministério Público). A Promotoria diz que a medida irá colaborar com os trabalhos da perícia e da Polícia Civil.

Vídeo mostra momento do desabamento do viaduto

O viaduto desabou na tarde de quinta-feira matando duas pessoas e ferindo outras 23 na avenida Pedro 1º. Além da demolição, estava prevista a remoção dos destroços que bloqueiam a avenida, principal via de acesso do aeroporto de Confins para o estádio do Mineirão. A medida já havia sido anunciada pela defesa civil e pela construtora Cowan, responsável pela obra.

Com a decisão da Justiça, a autorização para levar abaixo o que restou da estrutura ficará a cargo do delegado Hugo e Silva, que conduz o inquérito.

No sábado, ele entrou com um mandado judicial para interditar o local e impedir a demolição, mas teve o pedido rejeitado.  Em nova tentativa, o promotor Marco Antônio Borges apresentou um recurso.

A Justiça emitiu seu parecer na madrugada de ontem. A prefeitura de BH ainda não informou se recorrerá da decisão.

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Além do pedido para impedir a demolição, o MP emitiu uma orientação para que o local seja preservado e que as pistas só sejam liberadas com a garantia de que todos os operários, peritos, pedestres e moradores estejam em segurança. “Isso não só agora, mas durante o dia do jogo da Copa [amanhã] e até posteriormente. É para resguardar para que não ocorra um acidente secundário que possa vitimar mais alguém”, disse o promotor.

Para o MP, o delegado está sendo pressionado para liberar a estrutura antes de encerrar o inquérito, o que pode prejudicar as investigações. “Pude perceber que ele está desconfortável por uma possível pressão para liberar o local do crime. Isso tudo estou dizendo em tese, porque ele não coloca isso no pedido”, afirmou Borges.

Até agora, a Polícia Civil já ouviu 18 pessoas, entre pessoas que estavam no local e funcionários da construtura Cowan. 

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