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O prefeito paulistano Fernando Haddad (PT) afagou a base aliada e a discussão sobre a revisão do Plano Diretor Estratégico na Câmara Municipal avançou. Com o acordo entre Executivo e Legislativo, a Casa deverá, mesmo em meio à Copa do Mundo, votar o texto que reordena o crescimento da cidade. O presidente José Américo (PT) convocou sessões para hoje, sexta-feira e até para a madrugada de sábado.
Integrantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) continuam acampados em frente ao Palácio Anchieta – sede da Câmara –, mas, na sessão de ontem, a pressão foi menor. O grupo exige a legalização da área invadida conhecida como «Copa do Povo», na zona leste, e terá a demanda atendida em um projeto separado do Plano Diretor.
Vereadores da base governista pretendem alterar um projeto de José Police Neto que destinaria o terreno para moradias sociais. O curioso é que o parlamentar do PSD foi alvo de ataques do MTST; Police diz, no entanto, que a prioridade será dada a quem já está na lista da prefeitura.
Depois de um ato de desagravo por parte do governo a José Police Neto, a bancada do PSD deixou de ir à convenção nacional da sigla e compareceu no plenário. Parlamentares que vinham reclamando da pouca disposição do prefeito em negociar apoio agora já se dizem mais satisfeitos.
Uma das bancadas recebidas por Fernando Haddad foi a do PMDB, que teve emendas ao Plano Diretor atendidas. Uma delas abre uma brecha para que, futuramente, seja construído um aeroporto em Parelheiros, na zona sul, em uma área considerada de proteção ambiental.
Em contrapartida, uma proposta de Ricardo Young, do PPS, de construir um parque no local foi negada. O relator do Pano Diretor, Nabil Bonduki, do PT, desconversa e diz que o projeto deixa a discussão sobre o tema para depois.
Embora o texto do Plano Diretor já tenha sido publicado, muitos vereadores reclamam que, por causa das emendas, a redação final ainda é desconhecida.
