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Governo diz que Copa do Mundo criou 1 milhão de empregos

Casal veste a camisa do Brasil enquanto trabalha em sua tenda no percado, em Cuiabá | Eric Gaillard/Reuters
Casal veste a camisa do Brasil enquanto trabalha em sua tenda no percado, em Cuiabá | Eric Gaillard/Reuters

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A Copa do Mundo permitiu a geração de um milhão de empregos no setor de turismo desde 2011, afirmou ontem o presidente da Embratur, Vicente Neto. Segundo ele, desse total 710 mil são empregos permanentes e outros 200 mil são postos temporários.

“Isso significa que a Copa do Mundo representa mais de 15% da geração dos empregos ao longo do governo da presidente Dilma Rousseff”, afirmou Neto, em coletiva.

Segundo o governo, o impacto econômico gerado pela Copa deverá ser de R$ 6,7 bilhões, cerca de 0,15% do PIB brasileiro. Esse valor se refere aos gastos dos turistas relacionados a bares, restaurantes, hotéis e serviços.

Neto disse que a expectativa é que a realização de grandes eventos, como a Copa, ajudem a projetar o Brasil como destino turístico de destaque no cenário internacional. Segundo ele, o “caso de sucesso” da Copa no Brasil será levado para um calendário de feiras de negócios no segundo semestre. “Agora vamos fazer em conjunto com a Apex [Agência Brasileira de Promoção de Exportações], o que é também uma novidade”, afirmou.

Críticas ao modelo

Presente ao encontro com a imprensa, o professor Pedro Trengrouse, da FGV, crê que o modelo de mega-eventos como Copa e Olimpíadas está em risco. “Desde Barcelona, se criou uma ideia de que Copa do Mundo transforma um país, uma cidade. Isso não é verdade. Mega-eventos não passam de grandes festas”, avalia.

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Para ele, porém, os benefícios são maiores que os malefícios. “O Estado não desenvolve agenda própria. Fica apenas em função das exigências dos comitês. Construir aeroportos deveria acontecer de qualquer forma”, afirmou.

Mundial faz tarifa aérea subir 22,15%

A Copa do Mundo aumentou a demanda por voos e fez os preços das passagens aéreas subirem 22,15% em junho, segundo a inflação medida pelo IPCA-15, divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Na região metropolitana de Salvador, o aumento nas tarifas aéreas chegou a 37,39%. Goiânia teve a segunda maior elevação nos preços, de 33,87%, seguida pelo Rio de Janeiro, com alta de 33,53%. O menor resultado foi observado em Belém, onde o aumento nas passagens foi de 4,13%.

A Copa também está pressionando os preços de outros serviços, que tiveram altas acima da inflação, de 0,47%. Em junho, hotéis e excursões ficaram, respectivamente, 4,12% e 5,3% mais caros. O preço da refeição segue em alta, com elevação de 1,22%. 

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