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Justiça nega pedido de trabalho externo a ex-goleiro Bruno

Bruno foi condenado a mais de 22 anos de prisão por ser o mandante da morte de modelo | Alex de Jesus Tempo/Folhapress
Bruno foi condenado a mais de 22 anos de prisão por ser o mandante da morte de modelo | Alex de Jesus Tempo/Folhapress

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O juiz Wagner de Oliveira Cavalieri, da Vara de Execuções Criminais da comarca de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, negou nesta quinta-feira o pedido de autorização para trabalho externo do ex-goleiro Bruno, condenado há mais de 22 anos de prisão pela morte da modelo Eliza Samúdio. Ele cumpre pena no Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem, unidade de segurança máxima do sistema prisional mineiro.

A defesa do ex-jogador requereu autorização para que Bruno trabalhe externamente no Montes Claros Futebol Clube, deixando a penitenciária das 7h às 19h, de segunda a sexta-feira, e nos finais de semana em que ocorrerem jogos oficiais. O Ministério Público foi desfavorável à autorização.

De acordo com nota emitida pelo TJMG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais), o juiz afirmou que não há condições para cumprimento do pedido dos advogados, já que o clube de futebol não tem sede em Contagem. “Isso, por si só, já afastaria a possibilidade de deslocamento diário do preso até seu local de trabalho”, afirmou Wagner Cavalieri.

Além disso, o magistrado afirmou que, para o trabalho externo, a lei prevê a necessidade da adoção de medidas de segurança para impedir fugas ou indisciplinas, o que geraria a necessidade de providenciar escoltas diárias para o acompanhamento do ex-goleiro ao trabalho.

Segurança

Wagner Cavalieri ressaltou que o Complexo Penitenciário Nelson Hungria é uma unidade de segurança máxima, onde não há execução sistemática de trabalho externo. Desta forma, a concessão do benefício a Bruno caracterizaria medida isolada e de privilégio, o que o juiz afirma não permitir em desfavor do restante dos presos.

Para o magistrado, a admissão de trabalho externo em unidade de segurança máxima também vai contra os protocolos de segurança da penitenciária.

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