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Paulo Roberto Costa é preso novamente pela PF do Rio

Ex-diretor depôs anteontem na CPI da Petrobras | Pedro Ladeira/Folhapress
Ex-diretor depôs anteontem na CPI da Petrobras | Pedro Ladeira/Folhapress

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Um dia após depor na CPI da Petrobras do Senado, o ex-diretor de abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa voltou a ser preso ontem pela PF (Polícia Federal) no Rio de Janeiro.

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A prisão ocorreu horas depois de o Ministério Público da Suíça informar ao governo brasileiro ter localizado contas em nome do ex-diretor e de pessoas próximas a ele, com um saldo de US$ 28 milhões (R$ 62,4 milhões).

Segundo o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal do Paraná, – responsável pelo processo da operação Lava Jato – Costa poderia fugir, já que omitiu ter um passaporte português.

“Existe a possibilidade do acusado evadir-se do país e ainda fruir do patrimônio ilícito mantido às ocultas no exterior e longe do alcance das autoridades brasileiras”, afirmou na decisão. O juiz determinou, ainda, que o ex-diretor   retorne ao Paraná, onde esteve preso por 59 dias.

O dinheiro encontrado foi bloqueado. Do total, segundo as autoridades suíças, US$ 23 milhões (R$ 51,2 milhões) estavam em nome de Paulo Roberto Costa e outros US$ 5 milhões (R$ 11,1 milhões) em nome de familiares do ex-diretor e do doleiro Alberto Youssef.

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Operação Lava Jato

Paulo Roberto Costa foi preso em março, acusado de participar do esquema bilionário de lavagem de dinheiro descoberto durante a operação Lava Jato.

Ele estava solto desde 19 de maio, por decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki. O ministro tomou a decisão após pedido do advogado de Costa, que questionou a competência do juiz do Paraná para conduzir o processo, em razão do envolvimento de parlamentares.

O ex-diretor é acusado de facilitar contratos com as empresas do doleiro para a construção da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco. Nessa operação, a PF estima que foram desviados R$ 400 milhões. Segundo o TCU (Tribunal de Contas da União), a obra foi superfaturada.

Anteontem, em depoimento à CPI da Petrobras, Costa negou desvios em contratos da refinaria e disse que o orçamento da obra foi subestimado.

A construção da refinaria   Abreu e Lima também é alvo de apuração do Ministério Público Federal e do TCU, que aponta que a obra tinha valor inicial previsto de US$ 2,5 bilhões, mas teve o custo ampliado para US$ 18 bilhões. Para Paulo Roberto, a Petrobras falhou em divulgar um valor inicial sem previsão exata dos custos.

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