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Boletins de dengue são forjados em São Paulo, diz agente

Agentes fiscalizam casa em São Paulo | Luiz Guadagnoli/SECOM
Agentes fiscalizam casa em São Paulo | Luiz Guadagnoli/SECOM

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Um agente de combate à dengue revela que boletins feitos na zona norte de São Paulo para «identificar focos» do mosquito transmissor da doença foram forjados. A região é recordista em casos da doença em 2014. “Os agentes estão livres na rua. Não existe um acompanhamento. Sozinho mesmo na rua, faz o que quer. Ninguém verifica nada. É para tapear mesmo. Esse boletim é uma farsa”.

O funcionário, que trabalha há mais de 10 anos na região, confessa que também participou da fraude e diz que as irregularidades acontecem porque há «negligência da chefia» na Supervisão de Vigilância em Saúde. “Eu já fui conivente. Grande culpa é da base, aquele monte de biólogo, que era para estar acompanhando o dia a dia, mas nunca aconteceu isso”.

Na chamada Suvis da Casa Verde, a bióloga responsável pelo controle da dengue, Eliana Colucci, admitiu que é impossível saber se os números divulgados são verdadeiros ou não. “O município não tem ainda supervisores de campo, o agente para supervisionar as equipes. E pode acontecer fraude no trabalho. Teria que ter um sistema melhor para supervisionar o trabalho de campo”.

Ouça: agente denuncia fraude

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