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Em assembleia realizada na noite desta quarta-feira, os metroviários decidiram não retomar a greve que parou a cidade durante cinco dias.
No início da tarde, representantes do sindicato dos metroviários e do Metrô participaram de mais uma reunião conciliatória, desta vez no MPT (Ministério Público do Trabalho). O objetivo do sindicato é anular as demissões por justa causa de 42 funcionários.
Segundo o MPT, em uma reunião de cerca de 2 horas não houve acordo entre as partes. Os metroviários pediram os motivos de cada uma das dispensas. O Metrô alegou que só fará isso depois que os eles entrarem com recursos administrativos no prazo estipulado pelo acordo coletivo.
O sindicato afirma ainda que ontem pela manhã dois funcionários receberam ligações do departamento de recursos humanos do Metrô comunicando a readmissão. A companhia nega.
Segundo o governo estadual, as demissões não foram provocadas pela greve, mas por atos de vandalismo e depredação.
O presidente do sindicato, Altino Prazeres Jr, nega e afirma que as demissões foram políticas. “Vamos lutar pela readmissão até o fim e pagar para eles ficarem conosco.”
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Nesta quinta, os funcionários do Metrô prometem realizar um ato, às 10h, no Tatuapé, onde fica a sede do sindicato. O objetivo é pressionar o governo a readmitir os demitidos. O grupo deve seguir em passeata pela radial Leste, mas não deve tentar se aproximar do Itaquerão.
Manifestantes fecharam a Paulista, na altura do Masp, no sentido Consolação. Segundo a PM, eram 50 pessoas.
A categoria obteve reajuste de 8,7%, após determinação da Justiça. Os metroviários pediam 12,2%. O piso atual é de R$ 1.323,55.
Nesta quarta, o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) aumentou o valor a ser bloqueado nas contas do sindicato para R$ 3 milhões. A decisão, tomada para garantir o pagamento de multas impostas aos metroviários após a greve ter sido julgada abusiva, aconteceu por causa da ameaça de retomada da paralisação.