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CPI do cartel do Metrô será criada até o dia 10

CPI deve durar um mês, segundo senador Humberto Costa (PT-PE)  | Agência Senado
CPI deve durar um mês, segundo senador Humberto Costa (PT-PE) | Agência Senado

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A CPI mista criada para investigar um suposto esquema de cartel no Metrô de São Paulo deve ser instalada até o dia 10 no Congresso. A comissão é uma resposta dos governistas à abertura de uma investigação para apurar irregularidades na Petrobras.

A comissão focará seus trabalhos nas denúncias de pagamento de propina para  autoridades paulistas com o objetivo de garantir a formação de cartel e o superfaturamento nos contratos para compra e manutenção de trens. As irregularidades teriam ocorrido entre os anos de 1998 a 2008, período de gestões seguidas do PSDB.

O prazo final para a escolha dos 22 integrantes da comissão – 11 titulares e 11 suplentes – termina hoje, mas a base aliada já trabalha com a possibilidade de manobras por parte da oposição. Caso as legendas não indiquem seus nomes, o presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), terá que escolher os membros até a próxima semana. O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), disse que os trabalhos devem durar um mês, já que a comissão irá usar as investigações sobre o caso que já estão em curso no Ministério Público de São Paulo e na Justiça Federal.

Lava jato

O juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR), decidiu na segunda-feira que as provas obtidas na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, não podem ser usadas pela CPI da Petrobras.

Segundo Moro, toda a investigação foi remetida ao STF. Agora, cabe ao ministro Teori Zavascki decidir sobre o compartilhamento das informações. As provas são referentes às ações penais resultantes das investigações. Entre elas, a apuração de supostos desvios de recursos públicos na construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.

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Petrobras. Governistas blindam Graça e Gabrielli

Na primeira reunião de trabalho, a CPI mista da Petrobras definiu ontem que o ex-presidente da estatal José Sérgio Gabrielli e a atual presidente, Graça Foster, ficarão de fora da lista de depoimentos.

O plano de trabalho – apresentado ontem e que será levado à votação hoje – considera os depoimentos já ouvidos pela CPI da Petrobras no Senado, que sofre boicote das legendas de oposição.

A investigação começará pela compra da refinaria de Pasadena, nos EUA. O único que não foi poupado foi o ex-diretor da área internacional Nestor Cerveró, autor do resumo executivo do negócio. Os trabalhos começarão com os depoimentos de presos pela Operação Lava Jato: os doleiros Alberto Yousseff e o ex-diretor de abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, que já está em liberdade. A oposição pedirá ainda ao relator para convidar a presidente Dilma Rousseff, ex-presidente do Conselho de Administração da Petrobras, para explicar sua decisão.

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