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Um relatório da PF (Polícia Federal) que faz parte do inquérito que apura a compra da refinaria de Pasadena. Texas (EUA), apura a existência de uma suposta organização criminosa que atua dentro da Petrobras.
Segundo as investigações, divulgadas ontem pelo jornal “Folha de S. Paulo”, a organização está patrocinando o desvio de recursos públicos para o exterior.
Além disso, o suposto esquema serviria de base para o “pagamento de propinas e abastecimento financeiro de grupos envolvidos no ramo petroleiro”. A compra da refinaria, em 2006, se transformou em uma crise política após a presidente Dilma Rousseff afirmar que a aprovação do negócio ocorreu com base em um documento técnica e juridicamente falho. Dilma era a presidente do Conselho de Administração da estatal na época da compra.
O relatório da PF foi encaminhado anteontem ao juiz Sergio Moro, da Justiça Federal do Paraná. A PF também está apurando a possível participação do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa em irregularidades na compra da refinaria no Texas.
Costa foi preso na Operação Lava Jato em março. Na segunda, foi solto após decisão do STF (Supremo Tribunal Federal). O ex-diretor também foi representante da Petrobras no comitê interno da refinaria de Pasadena.
Operação Lava jato
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Ontem o juiz Sergio Fernando Moro informou ao ministro do STF Teori Zavascki, que a Polícia Federal encontrou comprovantes de depósitos bancários em espécie em favor do senador Fernando Collor (PTB-AL). Segundo o juiz, os comprovantes foram apreendidos no escritório do doleiro Alberto Youssef, preso na operação.
Apesar disso, Moro afirmou que o senador não é investigado na operação Lava Jato e encaminhou os documentos para o STF, a quem cabe a investigação.
A assessoria de Collor disse à Agência Brasil que desconhece o assunto.
CPI Petrobras
Com apenas três senadores na plateia, o ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró prestou depoimento ontem na CPI do Senado. O executivo disse que a responsabilidade pela compra da refinaria de Pasadena, que provocou um prejuízo de US$ 1 bilhão, não é exclusiva da presidente Dilma Rousseff. “O responsável pela compra somos todos nós. Foi uma compra acertada”, declarou.
Acusado pela presidente Dilma de fazer um parecer ‘tecnicamente falho’, Cerveró afirmou que ‘o preço, a localização e a capacidade de refino’ eram argumentos suficientes para a compra.