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Chefe do Exército anuncia golpe de Estado na Tailândia

| Athit Perawongmetha/Reuters
Chan-O-Cha fez anúncia nesta quinta-feira na Tailândia | Athit Perawongmetha/Reuters

O Exército da Tailândia assumiu nesta quinta-feira o controle do governo em um golpe de Estado anunciado ao vivo pela televisão, dois dias depois de ter declarado lei marcial no país. O general Prayuth Chan-ocha, chefe militar do país, disse que o objetivo do golpe era “restabelecer a ordem” e “promover reformas”.

Prayuth fez o anúncio após uma reunião para a qual havia convocado facções rivais do conflito político no país. O encontro aparentemente tentava encontrar uma solução para os protesto contra o governo, que já duravam seis meses.

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“Para a situação voltar ao normal rapidamente, para que a sociedade volte a amar e a ficar em paz e para reformar as estruturas política, econômica e social, os militares precisam tomar o controle do poder”, disse Prayuth. Os militares declararam um toque de recolher das 22h até as 5h (horário local). Vários integrantes do governo foram detidos e a Constituição foi suspensa, mas o Exército manteve o funcionamento do Senado.

Soldados e veículos militares foram enviados às ruas para remover os manifestantes de locais de protestos, disse um oficial militar. “Nós vamos enviar tropas e veículos para ajudar os manifestantes a deixar todos os locais de protesto”, disse o general Teerachai Nakwanit, primeiro comandante regional do Exército.

Reação
Em resposta ao golpe, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, disse nesta quinta que Washington vai rever o acordo militar com Bancoc, principal aliado norte-americano no sudeste asiático. Em um comunicado, Kerry classificou o levante de “injustificado”.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, disse estar “seriamente preocupado” com o golpe e apelou por uma “retomada urgente das leis constitucionais, civis, e democráticas e por um diálogo inclusivo que abra caminho para a paz e a prosperidade na Tailândia”.

 

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