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Em depoimento à CPI do Senado ontem, o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli afirmou que a compra da refinaria de Pasadena em 2006 foi barata e que fazia parte da estratégia de recuperar a empresa que estava sucateada antes mesmo de 2002.
Mas eximiu a responsabilidade pelo negócio da presidente Dilma Rousseff – então presidente do Conselho de Administração da empresa.“É um processo que não é individualizado, é coletivo”, disse, contrariando declaração anterior quando disse que Dilma deveria assumir sua responsabilidade.
Gabrielli acusou o governo Fernando Henrique Cardoso de provocar um ‘apagão’ na área de refino. “A Petrobras estava condenada a morrer, inibida de participar dos leilões”, atacou.
O ex-presidente da Petrobras afirmou que a compra de Pasadena visava recuperar a empresa e o negócio foi aprovado apenas com o resumo executivo – considerado tecnicamente falho por Dilma – seguindo uma prática corriqueira nas reuniões do conselho e com cláusulas adequadas.
Gabrielli afirmou que a refinaria custou US$ 1,24 bilhão e atualmente tem faturamento de US$ 5 bilhões e, sem apresentar valores, disse que dá lucro.
O ex-executivo afastou qualquer tipo de crise na empresa, que está fortalecida com a participação de 30% na exploração do pré-sal.
Propina
Gabrielli afirmou desconhecer o pagamento de propina a funcionários da estatal pela ofsshore SBM.
Disse que os negócios entre as empresas começaram em 2001 e foi o governo FHC que autorizou compras sem o uso da lei de licitações. A oposição boicotou o depoimento.